“Sou um ser cósmico, minhas possibilidades são infinitas”
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MINHA MISSᅢO
CARTA AO PAI
Um dia meu pai me disse: Filha, você está se especializando em coisas inúteis! Isto me fez refletir sobre a missão de fazer “inutilidades”, numa sociedade onde o ser humano ilude-se de sua “utilidade” material. Abrindo a porta da casa, convidando as crianças e os adultos para brincarem com arte, abri uma fenda – fresta na estrutura material familiar – na qual as inutilidades puderam entrar com seus pequeninos e preciosos momentos de acontecimentos imateriais, onde produzimos nossas “quinquilharias” materiais. Concordaria com a frase de meu pai, se estivesse do outro lado do espelho… Se este conceito de utilidade pode ser aplicado na arte, a arte é útil para quem a faz, invisível para o espectador ocioso (como dito por André Comte-Sponville) que, não sabendo do trabalho da arte, acredita na ideia de que a obra é resultado do acaso e não do esforço do artista, “obra-milagre em oposição a obra-trabalho”. Somente o fazer artístico é esclarecedor e interessante. As várias partes da criação que demandam infinitas tomadas de decisões, que geram expectativas e decepções, descobertas, nos proporcionam encantamentos, criam nosso conhecimento multidirecional, causam satisfações e enormes decepções, as anotações, os mapeamentos diários. Isto tudo é o que interessa e que somente o artista tem acesso. Então, o que é a obra que se compra? É o produto do processo, o final, a compactação dos acontecimentos. Ela, a obra, se desprega do leque de acontecimentos que estão repletos de significados (para o artista) conectados e inter-relacionados e é instalado em um local público ou privado. Torna-se, então, outra coisa: reflexo de quem a vê. São os acontecimentos pessoais que serão projetados na obra. A ilusão das Ilusões. Sônia Paiva, Brasília, 8 de fevereiro de 2008.
Formação Artística
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Doutorado na UnB, DF
O Laboratório Transdisciplinar de Cenografia (LTC): locus do Espaço e Desenho da Cena no Brasil.
Mestrado na UnB, DF
A encenação pictórica: uma abordagem transdisciplinar.
Pós Graduação na Byam Shaw, Londres
Criação e animação do filme “The doll of The mas woman”.
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O Laboratório Transdisciplinar de Cenografia (LTC):
locus do Espaço e Desenho da Cena no Brasil
Esta tese é sobre a realização de um sonho em processo, ambicionado por mim e pelos componentes do Laboratório Transdisciplinar de Cenografia – LTC, um Programa de Extensão de Ação Continuada (PEAC) da Universidade de Brasília, criado em 2010, o qual organizo e coordeno e que foi idealizado como uma experiência holística e colaborativa na academia.
Dela, culminou a curadoria, em conjunto com o LTC, da Mostra Brasileira das Escolas de Ensino do Desenho da Cena, realizada em Brasília – mostra seletiva que resultou na Mostra dos Estudantes Brasileiros na Quadrienal de Praga, em 2015.
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Mestrado em Arte e Tecnologia UnB
De caráter essencialmente narrativo, essa expressão artística de Sônia Paiva, necessita de cenas com enredos, cenários, figurinos e iluminações. Como resultado, foi realizado em 2005, o filme de animação “Nada como o Firmamento”, patrocinado pelo edital de fomento cultural da Petrobrás.
Inúmeras criações, pesquisas, anotações, experiências, estudos, planejamentos e produções refletem esta expressão visual composta de distintas linguagens e materializada de diferentes maneiras.
As ideias surgem em desenhos, pinturas, colagens, esculturas, objetos. Aos fundamentos das artes plásticas, são acrescidas as linguagens teatral, cinematográfica e digital. O vocabulário plástico modifica-se em sua materialidade. Surge o universo em miniatura dos bonecos/atores, e as características dos personagens são definidas.
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A louca e a boneca apresentam Sônia Paiva
Nessa exposição realizada no CCBB RJ, Sônia Paiva apresenta uma instalação que sintetiza sua criação artística no período entre 1985 a 1995, culminando com o roteiro do filme produzido durante sua pós-graduação em Londres (1993-1994). Com o sucesso dessa apresentação, que contabilizou uma visitação de 15 mil pessoas – marca surpreendente para a época, Sônia foi convidada para levar a montagem para a Galeria Debret, em Paris, em comemoração aos 25 anos da agência do Banco do Brasil na capital da França.
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Sob a orientação de George Saxon, na pós graduação em Londres, Sônia Paiva experimentou vários modos de animação: 2D com partes móveis, stop motion, degêlo de escultura, entre outras formas de animar. O resultado foi apresentado em uma instalação “A louca e a boneca” no auditório da escola. Este trabalho serviu de base para a participação no Edital do CCBB – RJ, pelo qual Sônia Paiva foi selecionada para apresentar “A louca e a boneca apresentam Sônia Paiva” e convidada para expor na galeria Debret, em Paris.
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Grandes formatos
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Figura Impossível
Apliquê e patchwork com estampa de neurônios e Borboletas de minha alma.
48 x 76 cm
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“De todo labirinto se sale por arriba”
Painel de patchwork com estampa “Borboletas de minha alma” bordado à mão e à máquina 80 x 75 cm
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Conceito de disciplina, segundo Ubiratan D’Ambrósio
Pintura sobre tela com folha de ouro 49,5 x 70 cm
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“Poltrona no espaço sideral”
Pintura, colagem de tecido estampado com “Estampa para Anunciação” e folha de prata, sobre tela. 60 cm de diâmetro
Multiartista
Hamuleto
Sônia Paiva foi convidada pela diretora Leo Sykes e pela atriz Simone Reis para fazer o figurino e o cenário do monólogo Hamuleto, 2002.
O guarda-roupas do palhágico Chochou
Projeto-piloto, de uma série, visando a plataforma streaming: Redesenhando a cena do artista solo, tendo como exemplo o Palhágico Chochou, 2020.
Rosanegra
Criação do “couro de terra” e confecção dos figurinos para o espetáculo Rosanegra do diretor Hugo Rodas, 2003.
A louca e a boneca apresentam Sônia Paiva
Instalação apresentada no CCBB do Rio de Janeiro em 1996 e na Galeria Debret, em Paris, no ano de 1997.
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O guarda-roupas do palhágico Chochou
No início de janeiro de 2020, chamei Galileu Fontes – estudante da UnB que se tornou amigo e parceiro do Parque de Produções – para compartilhar comigo um processo de diagnóstico e criação de figurinos, tendo como estudo de caso o seu personagem o Palhágico Chochou.
Focada em adequar a visualidade dos figurinos das apresentações para as crianças, Sônia Paiva desenvolveu estampas exclusivas, criando uma identidade única para o personagem. O intuito da parceria era desenvolver um projeto-piloto de uma série, visando os canais de streaming denominada: Redesenhando a cena do artista, voltada ao treinamento e orientação da re-construção da visualidade de projetos de artistas solos.
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fotos: Mila Petrilo
Hamuleto
Estreou em 2002 no CCBB de Brasília. O processo de criação da direção, da tuação e da direção artística foi conjunto e cooperativo. Sônia desenvolveu a ideia de um “figurino cebola” onde as peças deveriam se encaixar como quando se corta uma cebola e se percebe que o encaixe é perfeito e a construção é de dentro para fora. Neste monólogo a atriz não saía do palco, o cenário era formado pela transformação das ações da atriz, onde seus figurinos iam se transformando em “objetos valises” se compondo e decompondo.
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Rosanegra
Esta encenação de Hugo Rodas de 2002, instalada na Galeria Eco, é baseada no universo de Guimarães Rosa e tem como proposta a união da tradição com a contemporaneidade. Rodas queria um figurino que todos ficassem como esculturas de terra naquele espaço branco da galeria e- propôs que eu realizasse os figurinos com cola e areia.
Cadernos e publicações
Labirintos do meu coração
Estudos para o doutorado: Imagens pintadas e recortadas.
Alice
A personagem Gordinha Alice inicia sua aventura fazendo um piquenique, pelo qual está apaixonada.
Encenação
Percurso pela criação, planejamento e produção teatral.
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Labirintos do meu coração
Labirintos do meu coração, pinturas e recortes, 2007-2012. Uma nova etapa da Encenação Pictórica – poética híbrida, denominada assim na dissertação de mestrado, após o entendimento da estrutura narrativa desta poética como um “hiper-romance”, “o romance como uma grande rede, sempre em mutação […] que procura ser uma espécie de máquina de multiplicar as narrações partindo de elementos figurativos com múltiplos significados possíveis”, como falou Ítalo Calvino.
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Encenação: percurso pela criação, planejamento e produção teatral
Este livro é um registro da aplicação de metodologia de ensino de encenação desenvolvida nas disciplinas laboratoriais do Departamento de Artes Cênicas – CEN do Instituto de Artes (IdA) da Universidade de Brasília (UnB) e no ensino à distância pela Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Meu objetivo sempre foi ampliar e divulgar uma metodologia de criação e produção que nos leva ao domínio do processo: da ideia inicial ao produto final, com foco no artista que busca orquestrar a totalidade criativa.
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Alice
Nesta adaptação de 1991, os personagens de Carroll mesclaram-se ao universo da Boneca e da Louca, e a Gordinha ganhou o sobrenome, Alice. Ela é herdeira da personagem de Carroll. De sua tataravó, Gordinha Alice herdou os acontecimentos. Das antigas histórias, sobraram as mesmas loucuras, já que, o poder da Rainha não se modificou. Assim como sua Majestade, a louca da Boneca, continua mandando cortar as cabeças indiscriminadamente…
![2023-02-16_MAN-IDV_PPROD_vers_cor_w](https://www.soniapaiva.com/wp-content/uploads/2023/04/2023-02-16_MAN-IDV_PPROD_vers_cor_w.png)
SÔNIA PAIVA
Cadernos
![sonia](https://www.soniapaiva.com/wp-content/uploads/2023/03/sonia.png)
Sou multiartista com vasta experiência em distintas áreas. Me expresso por meio de linguagens multimidiáticas que vão do artesanato às tecnologias. Sou criadora, mantenedora e produtora do Parque de Produções: espaço que abriga o desenvolvimento de projetos e de produtos com a interação de diversas linguagens: pintura, design gráfico, texto, desenho da cena, escultura, artesanato, computação gráfica, fotografia, robótica, entre outras.
Centro dedicado à educação holística – voltado para arte, culturas humanas e a preservação da natureza. Como pesquisadora, possuo graduação em Educação Artística, UnB (1980-1990), pós-graduação em Artes pela Byam Shaw School of Art, Londres (1993-1994), mestrado em Artes e Tecnologia pela UnB (2004-2006) e doutorado na linha de pesquisa Processos Composicionais para Cena, do Instituto de Artes da UnB (2012-2016).
Loja
![Loja1](https://www.soniapaiva.com/wp-content/uploads/2023/04/Loja1.jpg)
Obras Sônia Paiva
Em breve
![loja2](https://www.soniapaiva.com/wp-content/uploads/2023/04/loja2.jpg)
Arte Volante
Em breve
![motivos-para-estampar](https://www.soniapaiva.com/wp-content/uploads/2023/04/motivos-para-estampar.jpg)
Produtos Educacionais
Em breve
Depoimentos
Karina Cury
21/08/2020
“Me encantei com o método de Sonia ensinar. Forma que é alimentada e mantida pelo amor que ela tem a Educação e ao ser humano. Ela fazia conexões pessoais e valorizava o processo artístico de forma personalizada, ela ensinava o processo artístico, valorizava o desenvolvimento, o caminho, o percurso de cada um. Vi na prática, o modelo de professor que media o conhecimento, ensinava as ferramentas para que pudéssemos construir os próprios projetos, além de interagir com eles e criar novas teias de conhecimento.”
Luiz Sarmento
30/04/2021
“As metodologias de ensino e produção de Sonia Paiva você não encontra em outro canto!”
Cláudia Fonseca
25/01/2016
Sônia, para mim você é o “bolo mágico”. Aquela que ajuda a “crescer”, que amplia os horizontes, abre portas e mentes. Com você não há o “impossível”. Parabéns!
(bilhetinho que embrulhava um bolinho, entregue no momento de minha qualificação do doutorado).
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